segunda-feira, novembro 27, 2006

Christina Aguilera com 9 anos!!!!!

Bianca Ryan, 11 anos, uma voz fabulosa

Oeiras, Oeiras, Oeiras.......

Escrevi o texto sobre Oeiras há 10 anos, mas não resisto à tentação de o transcrever para aqui......

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Oeiras, 3 de Setembro de 1996

Hoje de manhã quando vinha a caminho do trabalho, cruzei-me na rua com o Ti’ Luís a quem dedico um capítulo das minhas estórias.

Foi ele quem me fez lembrar que era engraçado recordar as pequenas coisas da minha infância, de quando, em 1961, ainda não tinha três anos, para cá vim viver.

Nessa altura, lembro-me de ter dificuldade em dizer o nome da “terra” para onde eu vinha (de Lisboa). Era província, Oeiras, e díficil de pronunciar. Eu dizia sempre “orelhas”
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1. A CARROÇA DA PRAIA

Estava parada à saída da estação de Oeiras e levava as pessoas à praia da Torre.

Tinha umas cores bonitas e lembro-me muito bem de ter uma manivela à direita do condutor, mas não sei para o que servia.

Por especial favor, e como nós morávamos mesmo à frente do quartel e eramos muitos miúdos, o condutor lá parava a carroça à nossa porta para nos levar para a praia.

Era sempre uma grande confusão, 4 miúdos, mais as tralhas todas, brinquedos, comida, toalhas, mas era muito divertido.

Com o aparecimento dos automóveis e as “carreiras” para outros lados, a carroça da praia desapareceu.

2. O QUARTEL

Sou da altura em que começou a guerra em África e nunca mais me esqueci dos soldados todos que saíam do quartel para manobras nos campos ao pé da minha casa.

Faziam fileiras e marchavam, marchavam, marchavam.

A minha irmã e eu, com 5 e 3 anos, sentávamo-nos no muro do quintal de nossa casa e saboreávamos aqueles soldadinhos todos a marchar, com armas e tudo!

Perguntei à minha mãe a razão daquilo tudo e de ela disse-me que havia uma guerra em África, que os portugueses tinham que ir para lá, mas foi coisa que eu nunca percebi - porque tinham que ir os portugueses para lá? Só percebi muito mais tarde.

Era muito triste, quando eles partiam - vinham as famílias todas da província, e choravam muito nas despedidas.

Ainda bem que acabou.


3. A ESTAÇÃO DO COMBOIO

A estação era o centro do movimento e mais importante que tudo, o caminho para Lisboa.

Os meus avós vinham-nos visitar sempre de comboio e era uma festa ir à estação vê-los passar (aos comboios, é claro). Hoje, quem me dera não ter que ir à estação.

Nessa altura não havia passagem subterrânea e muita gente morreu apanhada pelos “rápidos”, quando ia apanhar um ou outro combio para Lisboa. Por isso se fez rapidamente a passagem subterrânea, que depois da do Estoril é a mais antiga da linha.

Lembro-me de se falar que iam instalar um café lá em baixo e um sapateiro, o sapateiro nunca apareceu mas o café ainda lá está, e, pelos vistos para durar.

Ainda hoje a estação é um centro de grande movimento diário em Oeiras.


4. O TI’ LUÍS

Acho que qualquer pessoa que viva em Oeiras há mais de 20 ou 30 anos se lembra dele.

Sempre o conheci velho, por isso não faço ideia que idade terá hoje.

Passava, na sua carroça e com o seu burro, e era o leiteiro dali.

O leite, às vezes não prestava, não sei porquê, e a minha mãe perguntava sempre ao Ti’Luís se ele “mijava” lá dentro, e ele ficava sempre muito ofendido com ela.

E eu imaginava o Ti’Luís com uma “pilinha” pequenina como a dos meus irmãos a fazer chichi para dentro do leite e achava muita piada.

Não sei até quando é que o Ti’Luís distribuiu o leite, mas ainda há bem pouco tempo o fazia, depois o burro morreu e o Ti’Luís deixou de levar o leite às gentes de Oeiras.

Mas nós não o esquecemos.


5. A IGREJA

Local de culto, centro dominical de “corte e costura”, os meus pais obrigavam-me, a mim e aos meus irmãos a ir todos os domingos à Igreja.

O que era uma estopada, primeiro porque era longe como burro e depois porque não percebiamos nada do que o Sr. Prior dizia. Ainda para mais eu ficava sempre mal disposta de estar muito tempo de joelhos (e o meu pai não acreditava em mim).

Então resolvemos fazer assim:

A missa era ao meio-dia, saíamos de casa pelas onze e meia e íamos pelo parque, em passeio, brincávamos aí até às 12,20 mais ou menos, chegávamos à Igreja um bocadinho antes da comunhão, e “pirávamo-nos” logo a seguir a esta porque a missa acabava logo a seguir e não valia a pena ficar até ao fim, porque depois era uma grande confusão à saída.

Quando chegávamos a casa, pela uma hora, o meu pai perguntava sempre sobre o que é que se tinha falado na missa, para confirmar a nossa presença lá e nós como lá tínhamos estado um “bocadinho” contávamos-lhe e ele ficava todo satisfeito.

Durante alguns anos a coisa resultou e não sei ainda hoje se ele sabe o que nós fazíamos nessa altura.

De qualquer modo, agora fica a saber.


6. A TORRE

A MINHA praia.

Sempre o foi e sempre o será.

Naquela altura como ficava muito longe de qualquer estação de comboio só os moradores de Oeiras para lá iam, ou aqueles que podiam pagar a carroça, ou mais, aqueles que já tinham carro nessa altura, que eram muito poucos mas que normalmente preferiam ir para o Tamariz ou para a Costa que era mais fino.

O Sr. António era o banheiro e ainda hoje por lá anda.

Foi na Torre que aprendi a nadar e foi na Torre que conheci o meu marido.

Como fica protegida pelo Forte de S. Julião da Barra, torna-se uma praia muito agradável sem a nortada que Oeiras tão bem conhece no Verão.

Hoje, com as camionetas a chegar ao Alto da Barra, já se torna mais fácil lá ir, mesmo sem carro. Por isso a Torre perdeu parte do seu encanto selvagem.


7. A ESCOLA

A minha escola não foi a oficial nº 1 (a mais conhecida pela dos correios), e única na altura em Oeiras, onde parece que batiam mais nos miúdos do que ensinavam, mas sim a Princesa Isabel, que devido à sua localização (ao pé da estação) ainda hoje lá está.

Estou convencida que mais de 50% dos miúdos de Oeiras andaram nessa escola, principalmente por a outra estar muito decentralizada e não haver camionetas para lá. Ou se tinha de ir a pé (e era muito longe para as crianças de certas zonas) ou de comboio e ficava muito caro.

Os meus irmãos e eu andámos sempre lá, tinha a Miss Otero e o Sr. Dr. (nunca soube o nome dele), que eram os directores e as Misses que eram as professoras - nunca percebi porque é que as chamavam assim, qualquer “finesse”?!


8. A FUNDIÇÃO

Qunado tocava o apito, o pessoal vinha todo almoçar para a rua, traziam as marmitas, os fogareiros, o pão, o vinho e sentavam-se na berma da estrada do meio-dia à uma para almoçar.

Cantinas, refeitórios não havia nessa data, foi coisa que veio muito mais tarde.

A minha irmã comia mal em casa, mas áquela hora aparecia sempre com uma fatia enorme de “casqueiro” com uma sardinha em cima, que ela nunca comia mas que adorava pedir aos “homens da fundição”.

A Fundição acabou um dia, deixou muita gente no desemprego, mas a guerra também acabou e era o sustento de muita gente. Restam as instalações agora divididas e subdivididas em muitas empresas.


9. O CEMITÉRIO


Sobre ele não há muito a dizer.

Só uma pequena lembrança de quando era miúda a minha mãe me dizer que tinha um amigo que dizia que quando morresse era para lá que queria ir “porque era o cemitério que tinha a mais bonita vista”.

Hoje já não tem.


10. OEIRAS HOJE

Oeiras de hoje não tem a fundição, os soldados já não vão para a “nossa” guerra, não tem carroças nem leite ao domicílio, mas continua a minha Oeiras e a de muita gente.

Gostava que os meus filhos, que cá nasceram e vivem gostassem sempre dela e a estimassem como eu a estimo
.

domingo, novembro 26, 2006

IJLNA


Viajei novamente, no tempo ou no espaço, conforme quiserem.
Os sonhos levam-me até sítios que não existem, ou que pelo menos, não conheço, em viagens fabulosas impossíveis de fazer, com pessoas que não existem.


A capacidade de o fazer faz-me feliz, porque a imaginação que possuo e a minha memória, são das coisas melhores que há e a possibilidade de as passar para o papel (ou melhor, para o computador) é uma coisa que muita gente não tem....


Desta vez fiz uma viagem de carro, o destino era uma cidade no norte da Europa, num país pequeno, de que não sei o nome, mas que sei que existia algures a norte da Alemanha, num enclave que pode ter sido outrora a Prússia Oriental, devia ser por aí.... a cidade chama-se Ijlna, tem um castelo lindo que não posso fotografar porque não levei máquina, mas que está presente na minha imaginação mais uma vez. Fica à borda de um lago brilhante, um lago prateado provavelmente devido à luz do luar, um lago que só vi à noite, porque no dia seguinte já lá não estava, tinha regressado a minha casa, à minha cama, acordada de mais este sonho lindo.

Viajei com pessoas que não me lembro, por países que não ficavam pelo caminho e que nem conheço, como a Sérvia e a Bósnia, se nos guiarmos por um mapa da Europa habitual. Mas o mapa que tinha nas mãos era diferente de todos os que vi até hoje, está desenhado na minha memória...

Na Sérvia vi imensos carros de combate destruídos, espalhados junto à estrada, destroços duma guerra recente, que infelizmente não foi sonho.

Para poder chegar mais depressa a Ijlna tive de utilizar uma técnica recente para acelerar as viagens - fechar os olhos e viajar rapidamente de carro pelo mapa, desta vez pela Floresta Negra, e aterrar, ainda de forma violenta na estrada (o sistema ainda está em fase de ensaio e tem de ser afinado aqui e ali) - altura em que podemos de novo abrir os olhos e estar a chegar a Ijlna.

Em Ijlna, alojei-me num hotel engraçado, onde todos falavam português, por sermos um povo muito considerado neste país.

O objectivo da minha viagem a Ijlna tinha sido alcançado. Infelizmente, por se tratar de um sonho eu não sei qual era.

(consegui arranjar uma foto parecida com o castelo que não fotografei)

Casamento de Romenos em Portugal (III parte-no Copo d'Água)

...e lá chegámos ao sítio do copo d'água, por acaso bem bonito até, por detrás dos Jerónimos.

O final de tarde e a noite foram das melhores dos últimos tempos, com uma temperatura fabulosa para final de Outubro, a prever o Verão de S. Martinho.

Deu para tirar fotos bonitas no jardim, para beber uns copitos, para comer uns salgadinhos que estavam quentinhos e deliciosos....

Os outros convidados que, por trabalharem (temos de nos lembrar que são Romenos, que muitos deles estão cá ilegalmente e, por isso, a trabalhar sábado até às tantas....) somente chegaram para o jantar, aproveitaram para ir tirando fotografias com os noivos.

Eram para aí umas nove da noite quando fomos paera dentro, para o jantar....foi-nos servido uma canja deliciosa, acompanhada de natas (coisa que eu nunca tinha visto), uns filetes de cherne e um lombo de porco. Estava tudo muito saboroso e, para quem quiser, posso dar o contacto da empresa de Catering que forneceu tudo, dado já ter "trabalhado" com eles mais do que uma vez, não ser caro e ter um serviço bastante bom.

Ao fundo da sala estavam os "pecados dos anjos" - musse de manga, arroz doce, farófias, salada de frutas e um interminável rol de doçarias que é melhor nem pensar nele....

A música tocou, o vizinho do lado (pelos vistos, muito simpático) chamou a polícia por causa do barulho....

Mas a festa durou até às 3 h da manhã e esteve bem animada.

Felicidades aos noivos!!!!

sexta-feira, novembro 17, 2006

A Ilha do Açúcar


Já por várias vezes me tinha deslocado até Paris, aquela cidade fantástica, onde sempre descubro novas coisas inimagináveis.

No entanto, desta vez a minha viagem foi ligeiramente diferente...

Quando me falaram da Ilha do Açúcar fiquei admirada, nunca tinha ouvido falar naquela ilha no centro de Paris, por isso resolvi visitá-la.

A minha filha acompanhou-me, desta vez, porque ainda não conhecia a Cidade Luz.

Apanhámos um eléctrico do género do Elevador da Bica ou da Glória, pois tínhamos de subir uma encosta muito íngreme para entrarmos na ilha propriamente dita e embrenhámo-nos por uma densa mata....

Soube, por várias pessoas que nos acompanhavam nesta visita, que a Ilha estava desabitada desde o Século XVII, altura em que o seu pequeno vulcão entrou em erupção com tremores de terra vários, o que obrigou à evacuação dos habitantes dos palacetes e da fábrica de açúcar que lá funcionava, em poucas horas. Soube também, que cada visita à Ilha não podia durar mais do que alguns, poucos minutos, porque o vulcão adormecido entrava imediatamente em actividade mal "pressentia" a presença humana.

Quando saímos do eléctrico, ficou quase cada um entegue a si próprio e nós fomos espreitar o vulcão e os palacetes abandonados. Nessa altura notámos que nos palacetes parecia que tudo tinha acontecido naquela altura, como se o tempo tivesse parado no dia da erupção. O café continuava quente nas chávenas, o pão acabado de cozer com a manteiga ainda derretida...

Seguimos a visita, porque o tempo era muito curto e então notámos que dentro da Ilha corria um pequeno ribeiro de água quente e doce. Essa água tinha-se mantido quente e doce desde o acidente por causa da fábrica de açúcar. Sem explicação lógica, o açúcar tinha-se misturado na corrente e o rio tinha ficado doce como mel. Mas o mais estranho desse rio, é que estava cheio de corpos de pessoas e cavalos que se mantinham sem se deteriorarem desde a erupção....

Tivemos de sair a correr da Ilha, sem tempo para mais nada, mas na nossa memória ficaram as imagens de dentro daquela água viscosa e doce........

Quando, junto à Notre Dame, consultei outro vez o mapa da cidade, pude localizar a ilha, num rio paralelo ao Sena, que eu nunca reparara existir e......


acordei.

quinta-feira, novembro 09, 2006

Molho de Iogurte Cor-de-Rosa (4 doses)

Ingredientes:
125 g de Iogurte Natural (1 unidade)
30 g de Sumo de Limão (2 colheres de sopa)
15 g de Ketchup (1 colher de sopa)
5 g de Sal (1 colher de chá)
2 g de Pimenta (1 colher de café)

Preparação
Misture o iogurte om os restantes ingredientes e bata tudo com uma vara de arames.

Opções:

1. Pode substituir o limão por vinagre de estragão

2. Pode utilizar iogurte magro

Gaspacho Andaluz (8 doses)

Ingredientes:
500 ml de Água gelada
1,5 kg de Tomate maduro (12 unidades médias)
1 Pepino médio
1 Pimento verde médio
80 ml de Azeite (6 colheres de sopa)
4 dentes de Alho
1 colher de sobremesa de Sal
1 colher de café de Cominhos
3 Ovos cozidos
1 chávena almoçadeira de Croutons

Preparação
Esmague, num almofariz, os alhos com o azeite, até fazer uma papa.
Limpe o tomate de peles e sementes, descasque o pepino e arranje o pimento. Reserve metade de cada legume e reduza os restantes a puré.
Misture o puré com a papa de alho e azeite e bata com uma colher de pau.
Por fim, junte o vinagre, a água gelada, o sal e os cominhos, provando para corrigir os temperos.
Sirva bem gelado e acompanhe com os restantes legumes que guardou picados, ao quais juntou também os ovos picados e os croutons.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Molho Vinagrete

Ingredientes:
30 g de Azeite (3 colheres de sopa)
5 g de Vinagre (1 colher de chá)
15 g de Sumo de limão (1 colher de sopa)
6 g de Mostarda (1 colher de chá)
6 g de Sal (1 colher de chá)
Pimenta qb

Preparação
Misture o azeite com o vinagre e o limão e tempere com a mostarda, o sal e a pimenta. Agite muito bem.

Esta receita é para uma dose, se a quiser utilizar por mais vezes, basta multiplicar esta dose pelo número de vezes que a quiser usar.

Salada de Frango

Ingredientes:
50 g de Alface (1 chávena almoçadeira)
100 g de Tomate (1 unidade pequena)
50 g de Pepino (1/2 unidade pequena)
50 g de Cenoura (1/2 unidade pequena)
100 g de Frango (1/2 Peito ou Coxa e Perna)

Preparação:
Lave, desinfecte e arranje os vegetais.
Corte ou rasgue a alface para uma saladeira. Corte o tomate em cubos, o pepino em rodelas finas e rale a cenoura e junte à alface.
Desfie o frango que previamente assou ou cozeu e junte aos vegetais.

Pode temperar com algum dos Molhos que irei indicar.

sábado, novembro 04, 2006

Casamento de Romenos em Portugal (II parte - na Igreja)


...no que deveria ser uma curta viagem, de Linda-a-Velha a Caselas, acabou para ser um passeio turístico para a maioria dos convidados e para os noivos, porque seguiram até Algés, Belém e só depois Caselas.
Por acaso, eu segui pela CRIL, A5 e logo a seguir para Caselas, nem 5 minutos demorei....mas perdi o cortejo que, segundo informações de boa fonte, foi "hilariante"....(o noivo desesperava no automóvel que o transportava e descarregava uma data de asneiras em bom português...).

Quando finalmente o cortejo chegou a Caselas, à Igreja, já a mãe do noivo sabia que a cerimónia não se iria realizar aí, mas sim noutro local, porque ia haver uma reunião de padres e não dava tempo....mas o padre não sabia a morada, só sabia lá ir ter, pelo que tinham de o seguir...

(acho que estas mudanças não teriam tido lugar com Portugueses, mas com Romenos podem abusar que eles não se queixam. A cerimónia já tinha sido mudada uma vez, porque era suposto ter lugar às 17h e na própria semana do casamento o padre informou que teria de ser o mais tardar às 15h30. Enfim, palavras para quê?)

Finalmente chegámos ao local da cerimónia, por trás do edifício do CEMFA, num género de barracão transformado em local de culto.

E lá começou...os noivos riam imenso, mas não sei se era o padre que dizia alguns disparates em romeno que os faziam rir ou só o nervoso, a noiva mascava pastilha elástica e tinham 4 madrinhas e 4 padrinhos, se não estou em erro, que seguravam alternadamente num género de dois aros ligados por uma fita que colocavam acima de cada uma das cabeças dos noivos.

De repente, alguém tira de um saco qualquer coisa e começa a atirar aos noivos, aos padrinhos e madrinhas e ao padre, mas aquilo não eram flores, nem arroz, eram rebuçados, mas atirados com tanta força que eu estava a ver quando é que acertavam em cheio na cabeça do padre...isto é que foi mesmo hilariante, porque depois foi toda a gente apanhá-los e comê-los...

No final a cerimónia foi servido pão com mel, mas não sei e ainda não descobri porquê...

Como era muito cedo para seguirmos para o copo d'água, ficámos todos na rua a fazer horas e a tirar fotografias...só faltavam 2 horas para seguirmos para a parte supostamente mais interessante da boda...


(Final da II Parte)




quarta-feira, novembro 01, 2006

Casamento de Romenos em Portugal (I parte-em casa dos noivos)


Pois é, desta feita fui a um casamento de romenos, em Portugal...

Primeiro que tudo, foi um casamento ortodoxo, mas como não há Igreja Romena Ortodoxa em Portugal, acho que era na Igreja Grega Ortodoxa. Também não interessa muito, porque o mais giro de tudo é a tradição e, neste caso, a tradição ainda é o que era...

Saltemos os comes e bebes e passemos ao que interessa.

Em casa dos noivos (porque estavam ambos a viver sob o mesmo tecto) o noivo, muito nervoso, sentou-se à frente de uma mesa, onde estavam 5 pães, vindos especialmente da Roménia, quatro em cada canto e um no meio.

A dada altura, a mãe do noivo pegou na ponta de um lenço com a mão direita e deu a outra ponta ao noivo para a agarrar; na mão esquerda livre segurou então o pão que estava no centro da mesa, uma garrafa de licor (neste caso era Martini...) um cálice vazio e começaram a andar em volta da mesa com o noivo a benzer-se 3 vezes em cada canto; depois de 3 voltas à mesa o noivo sentou-se e do outro lado a mãe começou a discursar ao filho (em romeno, claro) e essa parte não percebi nada, mas felizmente a mãe do noivo já me tinha explicado que ela tinha de pedir desculpa ao filho por todos os erros que tinha cometido e que agora era altura dele seguir a vida dele e perdoar-lhe os seus erros. Depois o noivo bebeu 3 golos de Martini e despejou o resto para trás das costas.

Esqueci-me de dizer que o noivo tinha 2 damas de honor (que tinham de ser duas meninas solteiras) que não o podiam largar até à Igreja....

Então, o noivo, acompanhado das suas damas de honor, desceu ao r/c do prédio e, imobilizado à porta literalmente (porque só podia olhar em frente) esperou que a noiva cumprisse a tradição.

Em casa, a noiva fez exactamente o mesmo que o noivo.

Quando a noiva desceu, colocou uma flor na lapela do noivo e este entregou o "bouquet" que tinha na sua posse à noiva.

Resta dizer que, de vez em quando, uma das romenas que estava na festa começava a gritar umas ladainhas que não percebi, mas que ainda vou tentar descobrir.

Ai, ai, o carro da noiva levava colado no "capot" um género de cesto com dois bonecos que simbolizavam os noivos e fitas de cores a enfeitar.

Se conseguir arranjar algumas fotos depois coloco aqui....


(final da I parte)

Aquela parede tão branquinha e limpinha ficou toda cheia de Martini!