os meus pensamentos, sonhos, memórias e muitas coisas mais que me passam pela cabeça...
terça-feira, março 31, 2009
terça-feira, março 24, 2009
Muda a hora
No domingo muda a hora. Mais uma vez. Mais uma vez eu fico toda contente. É que sempre que a hora muda do Inverno para o Verão, parece que tudo se ilumina. Parece que ficam os dias mais luminosos. Parece que nos apetece Verão. E não é verdade que nos apetece mesmo? E não é verdade que é quando o Verão chega? Podem vir dias mais frios, podem vir dias chuvosos, mas o Verão chegou, com a nova hora.
Segunda-feira vai ser uma segunda-feira diferente. “I don’t like Mondays”, é uma verdade, nua e crua, mas a próxima vai ser diferente. Porquê? Porque é a primeira da hora de Verão e por isso não custa tanto a passar. Porque parece que saímos mais cedo dos empregos, que acabamos por ter mais tempo útil, mais tempo “de dia”. Porque nos apetece sair do emprego e ir direitinhos para um bar à beira-rio, para beber qualquer coisa e poder apreciar um pôr-do-sol brilhante. Porque sim.
Adoro a Hora de Verão!
terça-feira, março 03, 2009
A Porta
Todos os dias, quando passava por aquela porta, imaginava o que estaria por detrás dela. Que para lá dela estaria um mundo imaginário, um jardim esplendoroso, com fontes, árvores e flores das mais belas.
Outras vezes pensava que podia estar qualquer coisa de mau, escuro como breu, como se de noite se fizesse ao passar pela porta, com diabos de olhos vermelhos escondidos por trás de cada ramo partido.
A porta lá estava, todos os dias em que por lá passava, quando era criança e ia para a escola, de manhã, à hora de almoço, ao fim da tarde, quando voltava para casa.
A porta lá esteve sempre, enquanto eu cresci, e sempre se manteve misteriosa.
Quando criança, com os meus irmãos, passávamos e batíamos à porta, só para ver se alguém aparecia para a abrir. E eu pensava e dizia, batemos à porta para comprar gelados, que do outro lado se vendem! E depois batíamos e fugíamos com medo que aparecesse mesmo alguém e a abrisse.
Aquela porta verde, de madeira, continuou verde, de madeira, mas a tinta começou a cair de velha.
E continuei a passar por lá, mas deixei de reparar nela com o tempo e com o hábito.
Ontem passei e vi que já lá não estava. No lugar dela colocaram cimento e tijolos. Já não é uma porta, mas um bocado de parede, de muro entaipado com cimento. O meu sonho de criança terminou, mas na minha imaginação continua lá a porta verde, de madeira, com o homem dos gelados por trás.
Estaria mesmo lá?
Outras vezes pensava que podia estar qualquer coisa de mau, escuro como breu, como se de noite se fizesse ao passar pela porta, com diabos de olhos vermelhos escondidos por trás de cada ramo partido.
A porta lá estava, todos os dias em que por lá passava, quando era criança e ia para a escola, de manhã, à hora de almoço, ao fim da tarde, quando voltava para casa.
A porta lá esteve sempre, enquanto eu cresci, e sempre se manteve misteriosa.
Quando criança, com os meus irmãos, passávamos e batíamos à porta, só para ver se alguém aparecia para a abrir. E eu pensava e dizia, batemos à porta para comprar gelados, que do outro lado se vendem! E depois batíamos e fugíamos com medo que aparecesse mesmo alguém e a abrisse.
Aquela porta verde, de madeira, continuou verde, de madeira, mas a tinta começou a cair de velha.
E continuei a passar por lá, mas deixei de reparar nela com o tempo e com o hábito.
Ontem passei e vi que já lá não estava. No lugar dela colocaram cimento e tijolos. Já não é uma porta, mas um bocado de parede, de muro entaipado com cimento. O meu sonho de criança terminou, mas na minha imaginação continua lá a porta verde, de madeira, com o homem dos gelados por trás.
Estaria mesmo lá?
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